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Caio Coppolla repudia preconceito da mídia contra evangélicos: ‘Gente generosa’
13/12/2021 08:39 em Brasil

O comentarista político Caio Coppolla fez um raio-x das demonstrações de preconceito feitas por membros da classe política e da imprensa durante os meses que antecederam a aprovação do pastor André Mendonça para o STF.

No programa Boletim Coppolla, da TV Jovem Pan News, o comentarista fez apontamentos sobre incoerências, motivações e demonstrações inequívocas de preconceito contra cristãos evangélicos feitas de forma recorrente pelas diferentes alas da esquerda.

De início, resgatou uma inconsistência: “Se a esquerda tivesse um mínimo de coerência, ela estaria celebrando essa diversidade no Supremo, afinal trata-se de uma minoria adquirindo representatividade e ocupando espaços democráticos. Acontece que a relação da esquerda com os evangélicos sempre foi conflituosa”.

Atritos

Os pontos de tensão entre esses dois segmentos da sociedade são antigos, e Coppolla se prestou a resgatar um momento de atrito público ocorrido há quase dez anos, quando o PT evidenciou suas reais intenções na relação com evangélicos de forma mais clara:

“Em 2012, por exemplo, o Gilberto Carvalho, homem forte do Lula no governo Dilma, fez a seguinte convocação: ‘O Estado deve travar uma disputa ideológica pela nova classe média […] Lembro aqui o papel da hegemonia das igrejas evangélicas, das seitas pentecostais’. Seitas! Além do tom muito pejorativo, essa fala demonstra que a esquerda enxerga a igreja evangélica como uma concorrente na disputa ideológica pela conquista de corações e mentes”, disse o comentarista.

Caio Coppolla apontou, em seguida, declarações feitas anos depois, por outras figuras da esquerda, que demonstram que esse propósito de dominação se mantém: “Anos depois, o Guilherme Boulos publicou um artigo nessa mesma linha, afirmando que ‘a esquerda, acomodada nas instituições do Estado, deixou um espaço aberto para o avanço neopentecostal’. Ou seja, grande parte dessa panelinha de PT, PSOL, PC do B, etc, enxerga a religião como uma forma de doutrinação política a serviço de um projeto de poder”.

“Como o próprio Lula reconhece na sua fala, o PT acredita, sim, que os evangélicos são como gado, um público homogêneo e acrítico, que é manipulado como se fosse massa de manobra. Mas, agora, por conveniência eleitoral, Lula precisa se aproximar desse eleitorado que representa cerca de 30% da população”, acrescentou.

Preconceito

Ao final de seu editorial, Caio Coppolla destacou a recente declaração de Lula sobre a criação de um “momento evangélico” nas mídias do PT, para que integrantes do partido que supostamente são evangélicos falem sobre suas crenças:

“Se Lula e cia estivessem realmente interessados em dar projeção, visibilidade aos evangélicos, a bancada do PT teria apoiado de forma pública, unânime, a indicação de André Mendonça ao STF. Até por que, além de ser experiente, diplomático – inclusive com a esquerda – o futuro ministro possui ampla formação acadêmica e atende a todos os critérios formais para ocupar uma cadeira no Supremo”.

A imprensa abrigada nos veículos de grande mídia também não escapou do escrutínio: “Sem falar na imprensa militante, que combateu com todas as forças a ideia de um pastor evangélico no Supremo. Uma colunista da Folha chegou ao cúmulo de afirmar que a indicação violava a laicidade do Estado, ou seja, desrespeitava aquela separação entre Igreja e governo. Por essa lógica, nenhuma pessoa religiosa poderia ocupar um cargo público”.

“A real é que esse jornalismo progressista, que se diz tão inclusivo e cheio de empatia, vive estigmatizando os evangélicos como se fossem todos uns reacionários e uns retrógrados. Não são, mesmo. É gente trabalhadora, batalhadora, generosa, muito diferente de quem fica por aí, julgando a fé alheia, mas é incapaz de fazer uma doação ou um trabalho voluntário”, contrastou Caio Coppolla.

A contundência do editorial foi elogiada por um dos mais engajados líderes evangélicos na guerra contra a esquerda: “Show de Coppolla! A fala do jornalista sobre o preconceito contra os evangélicos na questão de André Mendonça e o STF. Sensacional! Impecável!”, escreveu o pastor Silas Malafaia em sua conta no Twitter.

Fonte: GOSPEL MAIS

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