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Projeto missionário alcança ribeirinhos e indígenas do Norte e Nordeste
08/05/2018 15:51 em Missões

Uma iniciativa de amor às almas tem feito a palavra de Deus chegar aos lugares mais remotos do Brasil. O Projeto Campos Brancos, liderado pela missionária e escritora Kelem Gaspar juntamente com seu esposo missionário Dulcival Guedes, tem alcançado povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas, ciganos, sertanejos e imigrantes das regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Desde 2005, o trabalho humanitário tem mudado a vida de milhares de crianças e adolescentes com evangelização, discipulado, alfabetização, reforço-escolar e ajuda social. O projeto é desenvolvido em creches e em bases missionárias onde o evangelho não está suficientemente disponível.

Durante o período de um ano, as candidatas ao campo missionário recebem orientação e treinamento prático no curso de missões Pakau Oro Mon, localizada em Maracanã, Pará. Atualmente dez moças estão sendo preparadas na associação e muitas não possuem nenhum tipo de ajuda financeira. Depois de formadas elas seguem para o campo missionário.

Além das candidatas em treinamento que já atuam como voluntárias, a iniciativa ainda mantém 20 missionárias que atuam em dez creches com cerca de mil crianças com muitas carências, inclusive alimentares.

A Associação Missionária Campos Brancos não recebe nenhum apoio político e não conta com ajuda de igrejas ou empresas. A diretora do projeto conta que tudo é pela fé.

“Nosso foco é alcançar os segmentos menos evangelizados do Brasil. No entanto, são poucos que tem olhado com carinho para a obra missionária entre os mais pobres e distantes. É uma missão que não traz status e não tem retorno financeiro, mas sabemos que nesses lugares tão difíceis, na sua maioria sem energia elétrica, sem internet e sem sinal de celular estão pessoas que nosso Senhor deseja salvar”, ressalta a diretora do projeto, missionária Kelem Gaspar.

“Não tem sido fácil, precisamos de ajuda. Creio que precisamos nos unir para tornar Cristo conhecido no nosso quintal e reconhecer que a responsabilidade é só nossa”, completa.

Fome, abusos e falta de eletricidade

Muitas são as dificuldades enfrentadas no campo, mas os missionários seguem firmes. Nas comunidades situadas no interior da vila de Borralhos (PA), onde há uma base, existem muitos casos de desnutrição, depressão infantil e carência de necessidades básicas. Até o acesso ao local é difícil. “A ida para as comunidades é penosa porque nosso veículo, um pálio 84, já não dá conta das numerosas viagens. Por enquanto conseguimos uma casinha de barro emprestada onde as reuniões têm acontecido em uma dessas comunidades”, conta Kelem.

Na unidade de São Tomé (PA) o trabalho social é feito com dezenas de famílias que nunca ouviram falar do evangelho. Não há energia elétrica, o sinal de celular é precário e as famílias precisam de todo tipo de ajuda. Os missionários contam que o trabalho é lento.

A iniciativa funciona também em Cumucuru, na Ilha de Marajó, interior de Portel (PA). Cerca de 30 crianças são atendidas na unidade. Ao todo, 50 ribeirinhos já se converteram. O local também não possui energia elétrica e nem sinal de celular. O acesso é feito através de uma pequena canoa que percorre quilômetros até chegar ao local onde está situada a base e a creche missionária.

Em Cobras, Várzea Branca (PI), o trabalho é feito com cerca de cem crianças. Os moradores da região vivem uma situação de extrema seca, devido à falta de chuva. O projeto conseguiu perfurar um poço artesiano para a comunidade e amenizar a situação de escassez.

Desafios atuais

O projeto chegou a Guarupa, em Teresina (PI) em 2017. Foi implantada uma base missionária na região e os principais objetivos dos missionários na localidade são construir uma creche e adquirir uma moto para facilitar o transporte. Nessa comunidade não há nenhuma igreja.

Outro desafio é a construção de uma base no terreno adquirido na ilha conhecida como Curuçazinho (PA). A vila possui 70 famílias não alcançadas pelo evangelho. Os moradores da região são extremamente carentes e há muitas crianças precisando de todo tipo de cuidado.

Ainda existem mais de dez mil vilas ribeirinhas ainda não alcançadas, cerca de seis mil assentamentos nordestinos, mais de dois mil quilombos e mais de cem tribos indígenas.

Os desafios são muitos, mas se cada um fizer um pouco temos certeza que mais pessoas poderão ser alcançadas pela palavra de Deus. O Gospel Prime se solidariza com essa causa e convida a você leitor, para fazer sua contribuição e conhecer mais sobre o projeto. Conheça o blog do projeto ou entre em contato através do e-mail: missgaspar@ig.com.br.

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