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Mais de 200 cristãos são mortos em massacre e pastor diz que o cristianismo pode ser extinto na Nigéria
05/07/2018 10:01 em Missões

Não foram 86 mortos no ataque ocorrido no estado de Plateau, na Nigéria, no final de semana passado. Os números atuais revelaram que mais de 200 pessoas foram assassinadas, incluindo mulheres e crianças, na série de atentados atribuídos ao grupo terrorista islâmico Boko Haram.

Recentemente noticiamos que líderes cristãos locais denunciaram o que parece ser a cumplicidade do Governo nigeriano, algo reforçado pelos números atuais, uma vez que a omissão da quantidade real de vítimas insinua uma tentativa das autoridades de encobrir o massacre.

O Rev. Gideon Para-Mallam, secretário regional da Irmandade Internacional de Estudantes Evangélicos em Jos, na Nigéria, gravou um vídeo denunciando o agravamento da situação no país e cobrando providência das autoridades. Seu objetivo é chamar atenção internacional para que o Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, sinta-se pressionado.

“O que aconteceu no estado de Plateau no último final de semana e Ali Plateau em parte desta semana, é muito triste, é decepcionante. O ciclo de violência e derramamento de sangue visitou novamente o povo pacífico de Plateau”, disse o pastor.

Para-Mallam explicou que a onda de violência está sendo gradual desde 2010, com uma frequência de ataques e número de vítimas cada vez maior. “A história está se repetindo”, disse ele.

“Em 2010 ocorreu o massacre de Dogo Nahawua. Mais de 500 pessoas foram assassinadas em um só dia. E isto se tornou um padrão que continua desde 2010 até agora. A todo momento, alguém é assassinado nas vilas. Não uma vila, mas duas, três vilas. De fato, na última semana, 11 vilas foram atacadas quase que simultaneamente durante um longo período de dias”, acrescenta, segundo o Guiame.

Para o líder evangélico, os militantes do Boko Haram também estão se passando por membros da etnia Fulani, composta em sua maioria por agricultores locais:

“Os terroristas Fulani são o Boko Haram disfarçado”, disse ele, explicando que “o mesmo povo Fulani que vivia pacificamente com os fazendeiros”, agora estão “matando crianças, incendiando casas, expulsando-os de suas próprias casas”.

Para-Mallam alerta que se não forem tomadas providências urgentes, o cristianismo na Nigéria pode ser extinto. Ele afirma que o estado de Plateau é uma região estratégia para o país, o que explica a sequência de ataques. “A menos que alguma coisa seja feita para parar isso, o cristianismo na Nigéria se tornará apenas história”, conclui.

Fonte: Gospel +

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